Artista como Bandeirante, de Maria Thereza Alves

Vídeo de Maria Thereza Alves, artista paulista residente na Europa, criado para a exposição “Feito por Brasileiros”:

“O vídeo, Artista como Bandeirante, é uma resposta ao ensaio de Alexandre Allard, Novos Bandeirantes, publicado no catálogo na ocasião da exposição Feito por Brasileiros no Hospital Matarazzo en São Paulo, em que participo com o trabalho, “Eu e os Matarazzos” ”.
Maria Thereza Alves

Berna Reale ¨Vazio de Nós¨. Museu de Arte do Rio MAR

convite-virtual

http://www.museudeartedorio.org.br

Berna Reale: Vazio de Nós

Berna Reale reflete sobre o mundo e a vulnerabilidade humana. Sem ser uma jovem artista, ela há pouco vem despontando fora de Belém do Pará, onde vive e trabalha. Formada em Licenciatura em Artes, Reale é também perita criminal, atividade infiltrada no tecido social que concretizou a problemática da dicotomia centro/periferia como o tema da sua obra. Assim, ¨Vazio de Nós¨ critica as injustiças e desassistências sociais que produzem um enorme contingente de indivíduos sem sonhos, habitantes de zonas marginalizadas constituintes de uma geografia global da exclusão.

Esta individual traz ao MAR cinco performances para vídeo realizadas entre 2011 e 2013 em Belém. ¨Limite Zero¨, ¨Palomo¨, ¨Ordinário¨, ¨Soledade¨ e ¨Americano¨ são obras dedicadas às vítimas de abusos de poder; de comandos de extermínio; aos encarcerados; aos que enlouquecem na indigência social, nas ruas ou nas mãos do Estado.

¨Limite Zero¨, em analogia com o processo do abate de animais, discute a banalização da morte. Já ¨Palomo¨, comenta poeticamente o abuso de poder institucional. ¨Soledade¨, filmada em rua homônima que integra a rota do tráfico de drogas, aborda a negligencia política com os necessitados, e ¨Ordinário¨, realizada no bairro de Jurunas, traz a artista recolhendo cerca de 40 ossadas reais encontradas pela polícia em cemitérios clandestinos na área metropolitana de Belém, e denuncia ações de extermínio. Por fim, ¨Americano¨, feita no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará, nos recorda que a tocha, símbolo antigo de purificação e conhecimento e hoje ícone Olímpico, também traz à memória rebeliões ocorridas onde se vive em situação-limite.

Esta mostra se dá em um momento ímpar da história do país e desta cidade. As manifestações desencadeadas desde junho foram recebidas pela artista e curadora como um feliz e desconcertante acaso, e reforçou nossa crença no potencial da arte como prática transformadora das consciências críticas.

Daniela Labra

This is not a Love Song – Mark Leckey ¨Fiorucci¨

Está em cartaz no Centro La Virreina em Barcelona, a exposição ¨This is not a Love Song¨, com curadoria de F. Javier Panera, cujo objetivo é traçar um paralelo entre a produção de video arte e a música Pop, desde os anos 1960 até hoje. A mostra oferece um caminho que começa com uma instalação de Andy Warhol com imagens de Velvet Underground, passando por obras seminais de video arte de Nam June Paik, Yayoi Kusama e Vito Acconci, entre outros, até chegar a artistas como AVAF, Mark Leckey e Cristian Marclay. O gran finale, no entanto, se dá com uma sala cheia de monitores exibindo videoclipes de artistas tão pop como Rihanna. O trajeto é muito rico, com poucos trabalhos que não sejam de fato interessantes, sejam como proposta estética ou registro histórico.

Um dos trabalhos que chama a atenção por ser ao mesmo tempo registro de época e experimentação de linguagem visual, é o video ¨Fiorucci Made me Hardcore¨ (1999), do inglês Mark Leckey. A obra faz uma referência clara à narrativa construída por Dan Graham em ¨Rock My Religion¨. Porém, enquanto este tenta contar uma espécie de história social do Rock and Roll em 50 minutos, o filme de Leckey tem apenas 14 minutos e narra de modo particular o desenrolar da cena underground de clubes em Londres, entre os anos 1970 e 90, cujo ápice foram as raves. O vídeo impulsionou a trajetória de Leckey até levá-lo ao Turner Prize, alguns anos depois, e aqui segue o link:

¨A Revoluçao não Será Televisionada¨ 10 anos

Em 2013 comemoramos 1 década da série de anti-programas de TV, ¨A Revoluçao não Será Televisionada¨, realizada com direção geral de Daniel Lima, junto com equipe formada por Fernando Coster (edição), André Montenegro (edição e produção) e Daniela Labra (pesquisa e redação). Aqui segue uma edição de 13 minutos do primeiro programa, que durava 26 minutos e foi transmitido pela UTV, em São Paulo. O título da série é uma referência ao poema homônimo de Gil Scott Heron, poeta, compositor e intérprete ativista negro norte-americano, atuante nos anos 1960-70.

OPEN CALL: PERFORMANCE VOYAGE 4 – MUU – Finlândia

OPEN CALL: PERFORMANCE VOYAGE 4

Theme: Self-Portrait

• Artists’ Association MUU announces an open call to artists to submit video performances to the international PERFORMANCE VOYAGE 4 event.
• The deadline for submissions is 15 June 2013!
• The premiere of the selection will take place in MUU gallery in Helsinki in 2014, after which the works will tour Europe during 2014.

http://www.muu.fi/site/?p=7808&lang=en

Lia Chaia. Folíngua, 2004
Lia Chaia. Folíngua, 2004

Poetics & Politics, Screening @ LOOP Barcelona

O Festival de vídeo arte LOOP, tem edição em maio este ano, em Barcelona. Abaixo, uma das mostras dentro do evento, cujo tema são vídeos de teor ativista ou de discussão crítica do momento atual. Segue uma mostra do texto curatorial e o link para o festival:

Ante nuestros ojos – Poetics & Politics, Screening @ LOOP Barcelona

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Artistas: Marco Godoy, Pelayo Varela, Teresa Margolles, Eugenio Merino, Núria Güell, Gina Arizpe, Daniel G. Andújar, Antoni Muntadas, Rogelio López Cuenca, Santiago Morilla, Santiago Cirugeda, Fernando Sánchez Castillo, PSJM, Jorge García, Rubén Verdú, Carlos Garaicoa, Rafa Burillo, Tomás Ochoa, Patricio Palomeque, Rosa Jijón, María José Argenzio, Estefanía Peñafiel Loaiza y Avelino Sala

El espectro de representación política se agota. La creación de sujetos verdaderamente libres, de izquierda a derecha , es una quimera olvidada y consumida. El exceso de información y de servicios de comunicación ahonda la separación entre realidad y simulacro instaurando la sensación de una cacofonia existencial asfixiante. Nada de lo que se presenta está , ni de lejos , a la altura de la situación. Incluso en su silencio (por exceso de ruidos) la propia población parece infinitamente más adulta que todos los títeres que se pelean por gobernarla. La crisis de representatividad y la distancia entre la ciudadanía y el estado deja al descubierto la imposición de un modelo social represivo y muestra las verdaderas estructuras de un poder que se ejerce desde una verticalidad faraónica.

Alexis Callado Estefania (miembro del colectivo Commission)

Chamada de vídeos Bela/Labe

Até dia 21 de setembro estão abertas as inscrições para a seleção de 2 videos de arte com temáticas urbanas, e duração de até 5 minutos, para participarem da mostra online “Interpretações do urbano: situações e poesia”.  A mostra integra a plataforma Labe de arte digital – um projeto do Bela Maré, no Rio de Janeiro.

Veja o regulamento em www.belamare.org.br/labe

Re.act feminism

re.act.feminism – performance art of the 1960s and 70s today
Exhibition, video archive, live performances and conference.

Exposição que documenta trabalhos performáticos de 24 artistas espalhados por duas gerações. As obras selecionadas refletem a intenção curatorial de estender a perspectiva além do cânone do familiar e conhecido, no sentido de demonstrar a diversidade e complexidade das estratégias performáticas (feministas). Isto inclui movimentos de performance no Leste e Sudoeste Europeu, bem como na Alemanha Oriental (desde 1980), onde frequentemente se desenvolveram paralelos com a arte independente do “Ocidente”.

“The exhibition documents performative works from 24 artists spanning across two generations. The selected works reflect the curators’ intention to extend the perspective beyond the canon of the known and familiar in order to demonstrate the diversity and complexity of (feminist) performative strategies. This includes performance movements in Eastern and South Eastern Europe as well as the former GDR (since the beginning of the 1980s), which often developed parallel to and independent of “Western art”.”

A project by cross links e.V., curated by Bettina Knaup and Beatrice E. Stammer
Produced in partnership with Akademie der Künste, Berlin

http://www.reactfeminism.org