Berna Reale ¨Vazio de Nós¨. Museu de Arte do Rio MAR

convite-virtual

http://www.museudeartedorio.org.br

Berna Reale: Vazio de Nós

Berna Reale reflete sobre o mundo e a vulnerabilidade humana. Sem ser uma jovem artista, ela há pouco vem despontando fora de Belém do Pará, onde vive e trabalha. Formada em Licenciatura em Artes, Reale é também perita criminal, atividade infiltrada no tecido social que concretizou a problemática da dicotomia centro/periferia como o tema da sua obra. Assim, ¨Vazio de Nós¨ critica as injustiças e desassistências sociais que produzem um enorme contingente de indivíduos sem sonhos, habitantes de zonas marginalizadas constituintes de uma geografia global da exclusão.

Esta individual traz ao MAR cinco performances para vídeo realizadas entre 2011 e 2013 em Belém. ¨Limite Zero¨, ¨Palomo¨, ¨Ordinário¨, ¨Soledade¨ e ¨Americano¨ são obras dedicadas às vítimas de abusos de poder; de comandos de extermínio; aos encarcerados; aos que enlouquecem na indigência social, nas ruas ou nas mãos do Estado.

¨Limite Zero¨, em analogia com o processo do abate de animais, discute a banalização da morte. Já ¨Palomo¨, comenta poeticamente o abuso de poder institucional. ¨Soledade¨, filmada em rua homônima que integra a rota do tráfico de drogas, aborda a negligencia política com os necessitados, e ¨Ordinário¨, realizada no bairro de Jurunas, traz a artista recolhendo cerca de 40 ossadas reais encontradas pela polícia em cemitérios clandestinos na área metropolitana de Belém, e denuncia ações de extermínio. Por fim, ¨Americano¨, feita no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel do Pará, nos recorda que a tocha, símbolo antigo de purificação e conhecimento e hoje ícone Olímpico, também traz à memória rebeliões ocorridas onde se vive em situação-limite.

Esta mostra se dá em um momento ímpar da história do país e desta cidade. As manifestações desencadeadas desde junho foram recebidas pela artista e curadora como um feliz e desconcertante acaso, e reforçou nossa crença no potencial da arte como prática transformadora das consciências críticas.

Daniela Labra

CALL FOR APPLICATIONS: New Residency opportunity in Rio de Janeiro

barracão maravilha f

Barracão Maravilha’s International Residency program is an opportunity open to artists, curators and academics from the whole world who wish to explore their practice in a vibrant and challenging new context;

This residency is aimed at autonomous professionals who wish to expand their knowledge and challenge their practice on an international level. Individuals who wish to immerse themselves in the fabric of the city, produce and present new work. The program offers a professional mentor active in the contemporary art scene such as a renowned artist or curator. The mentor will follow the artist-in-residence’s progress with a view to help them realize a public presentation of the work carried out during the residency which can be in the format of a text, exhibition, talk or workshop. Is situated in Lapa, the cultural corridor of the city of Rio de Janeiro.

Application deadline: 22nd May 2013
Application guidelines and criteria please email to   residency@barracaomaravilha.com.br

The call for applications is public and directed at emerging or established artists, curators and academics of any nationality and of any visual arts discipline. The applications must be made on-line via email by completing and sending the application form by the deadline date. Applicants will be selected based on the quality and relevance of their residence proposal, artist’s statement, sample of works, referees and curriculum vitae.
www.barracaomaravilha.com.br

Entrevista com Daniel Lannes

Daniel Lannes. Desertor. Óleo sobre tela. 250 x 350 cm. 2011

Por ocasião da individual de Daniel Lannes na galeria Luciana Caravello, no Rio de Janeiro, em setembro de 2012, foi lançado o catálogo do artista com uma entrevista que abordou questões da história da arte, pintura contemporânea, processo de pesquisa e “brasilidades” possíveis.

Entrevista de Daniela Labra com Daniel Lannes

Galpão da EBA/Fundão/ Rio de Janeiro

14/08/2012

Daniela Labra – “Dilúvo” é o nome da sua exposição. Nós havíamos conversado sobre as referências que você traz no seu trabalho e o que te levou a escolher esse título. Acabamos chegando em um texto sobre a pintura de Leonardo Da Vinci.

 Daniel Lannes – Eu estava lendo para a minha dissertação de mestrado um livro sobre gêneros da pintura, e caiu esse texto nas minhas mãos, que é um recorte do Tratado de Pintura do Leonardo, e é um capítulo no qual ele descreve a forma de se pintar um dilúvio. É quase hilário, do ponto de vista didático, por que ele ensina o pintor a pintar, entre outras coisas, a linha do horizonte, como se deve pintar as montanhas à certa distância, como pintar o ar, e ele então ensina, de certa forma, como pintar um dilúvio. E a descrição do modo de pintar é uma coisa frenética, ele descreve uma série de acontecimentos catastróficos como enchentes, trovoadas, galhos voando, e no fim o texto acaba virando uma espécie de um conto, por que se torna tão confuso no final, tão minucioso e detalhado, que se torna quase um romance, por que são tantos os adjetivos e superlativos, e indicações do que colocar no primeiro e segundo plano, do que está acontecendo, caindo, que realmente é quase uma ficção. E eu achei curioso, não só o fato dele ensinar como pintar um dilúvio, mas também o fato do dilúvio ser, na época, também um tema recorrente – não só o Leonardo, mas Giorgione e o próprio Michelângelo, retratavam o dilúvio que, para a época, era a ideia de um fim, de que o mundo iria acabar em uma tragédia. Assim como hoje há essa ideia do fim em 2012, na época achava-se que o dilúvio era algo que estava para acontecer, havia essa espécie de premonição. Então era um tema.

 Labra – Falando em tema, esse é um assunto interessante quando falamos de pintura contemporânea… (SEGUE)

Chamada de vídeos Bela/Labe

Até dia 21 de setembro estão abertas as inscrições para a seleção de 2 videos de arte com temáticas urbanas, e duração de até 5 minutos, para participarem da mostra online “Interpretações do urbano: situações e poesia”.  A mostra integra a plataforma Labe de arte digital – um projeto do Bela Maré, no Rio de Janeiro.

Veja o regulamento em www.belamare.org.br/labe

O que te move, te escolhe e alcança o mundo

Exposição coletiva com artistas  dos grupos de discussão de portfólio orientados por esta que escreve, há dois anos. O resultado foi mais afeto e menos afetação, em um momento em que falar de arte pareceu virar sinônimo de contabilizar milhões.

Diversas atividades estarão acontecendo de quinta a domingo, até 16 de setembro. Veja a programação em www.oqueteescolhe.wordpress.com

Entrada franca.

 

“Cervejaria em Santo Cristo? Torres de cinquenta andares? É a zona portuária (do Rio) bombando”.

Este mês de agosto o cenário de revitalização midiática da cidade do Rio de Janeiro foi confrontado com uma situação inesperada que ganhou manchetes e gerou uma intensa mobilização de setores da área cultural. Uma fábrica de chocolates desativada na zona do Santo Cristo, próxima ao porto, que estava sendo transformada em cluster cultural independente, foi leiloada e seus ocupantes (inquilinos), foram notificados a deixar o prédio. No entanto, nada ainda é definitivo e a situação permanece um impasse.

Diante do discurso oficial que aponta a arte e a cultura como pilares para uma revitalização urbana – mas que tem se mostrado extremamente midiático – o ocorrido trouxe à tona uma discussão maior: o da fragilidade das políticas culturais e da virulência com que planos urbanísticos estão sendo traçados com pouca ou nenhuma consulta pública.

O Rio Olímpico é a justificativa para investimentos gigantescos e especulação voraz que está deixando a população à margem. E nesse panorama a Cidade Maravilhosa virou uma das mais caras do mundo, sem que o carioca consiga entender por que.

Para incitar a reflexão ainda mais compartilho e indico aqui um texto preciso e claro:

O Caso Bhering, ou Especulação Imobiliária e a Lógica da Chantagem

[Sérgio Bruno Martins]

Duas notícias da maior importância colocaram em pauta, na última semana, a zona portuária carioca. A primeira fala da Bhering, antiga fábrica de doces no Santo Cristo que abriga um relevante conjunto de ateliês de artistas e outros criadores, bem como algumas pequenas empresas (todos pagando seus devidos aluguéis, diga-se). Por conta de dívidas com a União, o imóvel histórico foi leiloado e arrematado por um valor pífio. Os inquilinos rapidamente receberam ordens de despejo: trinta dias para sair, e contando. Um dos novos proprietários, dono de uma cervejaria em Teresópolis, diz reconhecer a vocação cultural do prédio. O problema é o que exatamente ele entende por ‘cultura’: um restaurante da cervejaria e uma série de ‘artesãos’ selecionados pela empresa, pagando aluguéis reajustados. Ou ainda, em suas próprias palavras: ‘Meu interesse é gerar dinheiro, sou um empresário.’ Sem dúvida, esse também é o interesse de Donald Trump, protagonista da segunda notícia. Consta que o magnata pretende construir seis torres de cinquenta andares na Leopoldina, completas com lojas no térreo e praça de alimentação. Basta juntar os pontos para perceber que a zona portuária está caminhando menos na direção de corredor histórico e cultural e mais para corredor de shopping center. No processo, história e cultura tornam-se meras palavras soltas em prospectos imobiliários.

CONTINUA  EM   http://revistapittacos.org/2012/07/31/o-caso-bhering-ou-especulacao-imobiliaria-e-a-logica-da-chantagem/

Zé Carlos Garcia II

Primeira exposição da série  “Arte Contemporânea em três lições Dramáticas”.

Curadoria de Daniela Labra

“Levando em conta a interdisciplinaridade da programação do Espaço Sérgio Porto, a série de três exposições de arte contemporânea pensadas para ocupar a galeria térrea no primeiro semestre de 2012, tece uma homenagem singela às artes cênicas teatrais”.  SEGUE…

2ª feira aberta de publicações

Repassando o texto:

“Chegamos à segunda edição da nossa FEIRA ABERTA DE PUBLICAÇÕES. De 20 (terça) a 24 (sábado) de março, das 16h às 22h, no segundo andar da COMUNA.

Escritores, ilustradores e editores trarão publicações de diversas naturezas – entre livros, revistas, zines, quadrinhos, cartazes, posteres, gravuras etc. Além de performances e workshops (detalhes nos próximos dias).

WORKSHOP __ Imaginarrativa __ por Chris Calvet __ um workshop de conceituação visual a partir da criação de textos. O discurso narrativo é ferramenta essencial para o desenvolvimento de pensamentos mesmo quando a resultante é não-verbal. __ DIAS 20 (terça) e 21 (quarta) das 19H ÀS 22H”.

OFICINA CANIBAL DE MÓVEIS pelo escritório de design Quinta-feira. ___ SÁBADO 24, DAS 10H ÀS 16H http://www.facebook.com/events/410985765594546/

COMUNA
Rua Sorocaba, 585.
(21)3253-8797.
contato@comuna.cc

Ó Abre Alas que a gente quer passar!

Inaugura neste sábado, no Rio de Janeiro, a 8a edição da coletiva anual da Gentil Carioca, Abre Alas. Com curadoria de Daniela Labra, Alexandre Vogler e Marcelo Campos, este ano a mostra conta com 35 artistas expostos entre a galeria e o Centro de Artes Helio Oiticica, e conta com shows e concurso de fantasia durante a inauguração.  Diversão e arte, para toda a parte!

Artistas selecionados:
1. Adriano Costa, SP
2. Alexandra Urban, Polônia
3. Alexandre Brandão, MG
4. Amadeo Azar, Buenos Aires
5. Amanda Mei, SP
6. AoLeo, RJ
7. Arte S.A., Umbigo Group, RJ
8. Arthur C. Arnold, RJ
9. Bete Esteves, RJ
10. Carlos Nunes, SP
11. Celina Portella, RJ
12. Chico Fernandes, RJ
13. Fabio Tremonte, SP
14. Fran Junqueira, RJ
15. Francilins Castilho, BH
16. James Eisen, Austrália
17. Kristofer Paetau, Finlândia/RJ
18. Lilian Maus, RS
19. Maíra das Neves, RJ/SP
20. Marcelo Amorim, SP
21. Marcio Vilela, Lisboa
22. Margit Leisner, PR
23. Maria Mattos, RJ
24. Marina de Botas, CE
25. Paula Huven, BH/RJ
26. Polyanna Morgana, DF
27. Raphael Escobar, SP
28. Renato Bezerra, RJ
29. Romy Potcztaruk, RS
30. Sergio Fernandes, Lisboa
31. Sofia Cesar, RJ
32. Ulisses Lociks, AL
33. Walter Gam, BH
34. Wilbor, RJ
35. Yara Pina, GO

ABRE ALAS 8
Abertura: 11 de fevereiro de 2012 das 16h às 20h (sábado)
Exposição de 14/02 (terça-feira) até 10/03 (sábado)

Endereços:
A GENTIL CARIOCA
Rua Gonçalves Ledo, 17- Sobrado
Centro- Rio de Janeiro- 20060-020
Tel: (21) 2222-1651
Abrimos de terça a sexta-feira das 12h às 19h e sábados das 12h às 17h.
correio@agentilcarioca.com.br

CAHO
Centro Municipal de Arte Helio Oiticica
Rua Luís de Camões, 68, Centro, Rio de Janeiro
Tel: (21) 2232-4213 / 2242-1012