Frestas Trienal 2017: Entre pós-verdades e acontecimentos

Frestas Trienal de Artes do SESC: Entre pós-verdades e acontecimentos/ Frestas Triennial: Between post-truths and events.

SESC Sorocaba, São Paulo, Brasil. De 12.8 – 3.12.2017

Curadoria geral – Daniela Labra
Curador assistente – Yudi Rafael
Curadoria educativa – Fabio Tremonte
Curadoria editorial – Ana Maria Maia e Julia Ayerbe

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Artistas: Teresa Margolles, Maria Thereza Alves, Andre Komatsu, Raul Mourão, On Kawara, Marco Lulic, Miro Spinelli, Guerrilla Girls, Daniel Senise, Hector Zamora, Reynier Leyva Novo, Georges Rousse, Celina Portella, Rafael RG, Gervane de Paula, Sergio Zevallos, Rafael Alonso, Hito Steyerl, Sandra Monterroso, Gustavo Speridião, Wanda Pimentel, Francesca Woodman, Daria Martin, Letícia Ramos, Marcius Galan, Dias & Riedweg, NUNCA, Panmela Castro, Daniel Escobar, Daniel Lie, Yvon Chabrowski e +

Frestas Trienal 2017: Entre pós-verdades e acontecimentos

A arte fura.

Esta edição de Frestas associa o nome do evento à noção de interstício: um espaço-entre cheio de sensibilidade e potência criativa transformadora, onde a ambiguidade e a indefinição de conceitos, formas e modelos é explorada de modo poético e crítico. Enquanto o existir nas cidades parece se reduzir a dígitos numéricos em cenários homogêneos de shoppings, conglomerados e condomínios, apostamos aqui na máxima “criar é resistir”, compreendendo a prática da arte e sua fruição como singulares vias propositivas libertadoras do contexto de exaltação da produtividade, competitividade, vigilância e espetacularização da vida.

Considerando que a natureza regrada e acadêmica da arte ruiu há tempos, refletimos sobre a impossibilidade de definir Verdade na obra contemporânea, e também discutimos as narrativas políticas sustentadas por memes e populismos midiáticos amparados em discursos morais e dogmáticos, que ganham força e constituem parte do contexto que a própria arte espelha e reage.

O título da mostra veio antes do termo pós-verdade ser indicado como o mais comentado na internet em 2016. O termo não é novo e seu germe já aparece em Verdade e Política (1967), de Hannah Arendt. Recentemente, ele se tornou protagonista no comentário político internacional, impulsionado pelo afã, de grandes publicações jornalísticas em disseminar, pela rede, opiniões como fatos consistentes que rapidamente ganham status de verdades.

Já a ideia de Acontecimento refere-se à natureza de uma Trienal, e a sua definição na antropologia e filosofia: Acontecimentos, sempre temidos e esperados, como um evento climático, militar ou político, que trazem o risco de um corte irreversível com o passado, marcando transformações profundas no curso histórico e social de comunidades.

Participam da mostra artistas de diferentes nacionalidades, gerações e linguagens, cujas obras trazem questões como ambiguidades formais; transdisciplinaridade; temporalidade; performatividade; gênero e sexualidade; crítica social e artisticidade. Mais da metade dos projetos são comissionados e inéditos, e ocuparão o edifício da Unidade além de vias públicas, outras instituições, lojas e ruínas históricas, criando circuitos de experiências estéticas instigantes entre o SESC e a cidade.

Daniela Labra

Daniel Lie. Passa Logo. Intervenção na arquitetura
Vista geral com instalação de Raul Mourão.
Vista geral com instalação de Sandra Monterroso e fotografia de Edson Barrus.
Vista geral com obras de Sandra Monterroso, Raynier Leiva Novo e Rafael Alonso.
Detalhe de obra de Georges Rousse.

Todas as fotos| all pictures: Matheus José Maria

Depois do Futuro_ a mostra_After the Future_the show

Daniel Beerstecher
Daniel Beerstecher. Como explicar esse mundo para meu pássaro (WIE ICH MEINEM VOGEL DIE WELT ERKLÄRE).
2013. Still de video.

“Depois do Futuro” é um projeto de pesquisa que gerou seminário, cursos e uma exposição com caráter emergencial, elaborada em tempos de crise de proporções olímpicas no contexto do Rio de Janeiro e do Brasil.Os trabalhos apresentados tratam da falência institucional e do vazio político que predominam no presente brasileiro, e na realidade latino-americana, repleta de violência e injustiças desde a colonização. Ao mesmo tempo, há também proposições que elucubram questões como novos modelos de convivência, cooperação, criação e subsistência, os mesmos que na atualidade despontam pelo planeta em células apartidárias e mobilizadoras da sociedade civil. A arte se coloca, assim, como ferramenta sensível para uma percepção crítica do mundo, informando, educando e permitindo sonhar com futuros que não podem ficar para depois.

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“After the Future” is a research and exhibition project wich included a Seminar, courses and an exhibition with an emergency feature, prepared in Olympic proportions times of crisis in the context of Rio de Janeiro and Brazil. The show presents works which deals with the institutional failure and political vacuum that dominate the Brazilian present, and the Latin American reality, fulled of brutality and injustice since colonization. At the same time, there are proposals that consider issues such as new models of coexistence, cooperation, creation and subsistence, the same as today emerge around the planet in non-partisan and mobilizing cells of civil society. The art is placed thus as sensitive tool for a critical perception of the world, informing, educating and enabling to dream with futures that cannot come later.

Daniela Labra | Curadora visitante EAV Parque Lage/ Visitor curator at Parque Lage Visual Arts School

Artistas/Artists

Alice Miceli  | Amanda Copstein* | Ana Matheus Abbade* | André Queiroz* | Brenno de Castro* | Caroline Pavão* | Cristiano Lenhardt  | Daniel Beerstecher  |Daniel Escobar | Dani Ferreira*  | Emília Estrada* | Felipe Ferreira* |Fernanda Andrade* | Franz Manata e Saulo Laudares  | Gustavo Speridião  | Guto Nóbrega  | Irene de Andrés | Isis Passos* | Joana Csekö e Pedro Urano | João Paulo Racy* | Jorge Menna Barreto  | Julia Rometti | Laercio Redondo  | Lia do Rio  | Leonardo Herrera  | Manoel Manoel*  | Maria Thereza Alves  | Mariana Kaufman* | Pablo Lobato  | Pedro Victor Brandão | Ricardo Càstro  | Runo Lagomarsino  | Tamíris Spinelli  | Teresa Margolles  | Tiago Rubini  | Traplev  | Zé Carlos Garcia

Assistentes de curadoria: Aline Baiana Cavalcanti* e  Emília Estrada*

*estudantes/students EAV Parque Lage

Patrocínio: Itau Cultural. Apoio de pesquisa: CNPq/CAPES; ECO/Universidade Federal do Rio de Janeiro

TABLOIDE-1-português/entrevista com Lisette Lagnado e Daniela Labra

TABLOIDE-1-english/Conversation between Lisette Lagnado and Daniela Labra

A partir da esquerda, obras de Teresa Margolles Leonardo Herrera, Amanda Copstein e Manoel Manoel
A partir da esquerda, obras de *from the left works by) Teresa Margolles, Leonardo Herrera, Amanda Copstein e Manoel Manoel. Photo: Pedro Agilson
A  partir da esquerda, obras de Tiago Rubini, Guto Nóbrega, Franz Manata/Saulo Laudares, Runo Lagomarsino e Tamiris Spinelli
A partir da esquerda , obras de (from the left works by) Tiago Rubini, Guto Nóbrega, Franz Manata/Saulo Laudares, Runo Lagomarsino e Tamiris Spinelli. Photo: Pedro Agilson

 

Obra de Daniel Escobar
Daniel Escobar. Lançamento-Liquidação (Launch-Sale off). 2015. Photo: Pedro Agilson
Lia do Rio. Intervenção. 2010-2016. Photo: Pedro Agilson
Lia do Rio. Intervenção com folhas (intervention with natural leaves). 2011-2016. Ao fundo: Daniel Escobar. Lançamento-Liquidação (Launch-Sale off). Photo: Pedro Agilson

Links: http://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/mostra-no-parque-lage-faz-reflexao-sobre-futuro-18801608

http://brasileiros.com.br/2016/02/exposicao-no-parque-lage-discute-nocao-de-futuro/

Video: http://arte1.band.uol.com.br/sobre-o-futuro/

Teresa Margolles em Recife

 DSC01010A Fundação Joaquim Nabuco em Recife exibe até 8 de março a exposição “Enquanto For Necessário”, primeira individual da mexicana Teresa Margolles no Brasil, sob curadoria de Moacir dos Anjos. Conhecida internacionalmente por discutir de modo contundente a violência urbana que vitima milhares de pessoas em seu país, Margolles exibe alguns trabalhos antigos, além do resultado de um projeto novo envolvendo bordadeiras da comunidade recifense de Alto José do Pinho.

Formada em arte e em medicina forense, a artista se dedica desde os anos 1990 a um trabalho artístico que denuncia o escabroso cenário de homicídios em massa causados pelo narcotráfico no México. Tendo como ponto de partida cenas e relatos de crimes e eventos violentos ocorridos em lugares como Ciudad Juárez, na fronteira com os E.U.A., ou Culiacán, onde nasceu, Teresa cria narrativas fascinantes e dolorosas ancoradas numa realidade muito dura. Embora ela exponha situações ocorridas em cidades mexicanas, o trágico panorama que aborda se extende por muitos centros e periferias latinoamericanos marcados pela desigualdade social, corrupção endêmica e a ação criminosa de milícias de todo tipo, tal como se vê no Recife e no próprio Rio de Janeiro. Como aponta Moacir dos Anjos, o trabalho desta artista cada vez mais alcança lugares afastados do México mas que partilham com esse país a necessidade de tornar visível e lidar com a violência que atinge populações desguarnecidas dos direitos mínimos assegurados. E o direito à vida é um deles.

A exposição traz obras como PM (2012),exibida na 7a Bienal de Berlim em uma versão diferente da que se vê aqui. No Recife, o trabalho se apresenta como uma projeção sequencial de capas do jornal popular de mesmo nome colecionadas pela artista ao longo de um ano em Ciudad Juárez, uma das cidades mais violentas do mundo. Cada imagem projetada mostra as primeiras páginas do tablóide ilustradas por fotos de cadáveres, quase sempre ao lado de fotografias de mulheres sensuais e anúncios de prostituição. O ritmo quase monótono dos slides evidenciam a escandalosa desvalorização da vida no cotidiano dessa e tantas outras cidades, enquanto também explicita a operação do jornal de aproximar em seu espaço privilegiado “corpos radicalmente regulados pela morte e outros regidos pela satisfação prometida pelo sexo pago”, nas palavras do curador. Além de PM, completam a mostra Trepanações (sons do necrotério), 2003, trabalho sonoro que reproduz o ruído de uma serra cortando a cabeça de uma vítima de assassinato durante a autópsia; Esta propriedade não será demolida, 2009-2013, que apresenta fotografias de propriedades à venda ou abandonadas em função da insegurança em Ciudad Juárez; a videoinstalação Como Saímos?, 2010, que exibe um vídeo feito do interior de um carro de passeio, onde crianças pobres são filmadas, do lado de fora, perguntando aos passageiros do veículo onde há uma saída. Por último, é apresentado o resultado do trabalho realizado em conjunto com as mulheres bordadeiras da comunidade do Alto José do Pinho. Este projeto integra uma série de ações que a artista desenvolve em localidades diversas com bordadeiras convidadas a trabalhar sobre tecidos previamente embebidos em sangue ou fluidos de uma pessoa assassinada. Enquanto as mulheres conversam sobre medos e o risco que rodam suas vidas, vão surgindo imagens bordadas que remetem à sua realidade insegura e a relatos da violência testemunhada, junto a projeções de um futuro melhor que talvez chegue um dia.

No Brasil, Berna Reale, Armando Queiróz e Clara Ianni são dos poucos artistas que tocam em temas trágicos e sujam de leve o tapete vermelho do sistema artístico. Como Teresa Margolles, suas obras mostram que a arte contemporânea ainda pode fazer crítica social séria apesar da tola aura de glamour que a prende em armadilhas fúteis alheias aos conflitos do mundo real.

Versão em PDF : Preview of “Infoglobo – O Globo – 16 fev 2015 – Page #26” copy

Jonathas de Andrade no MAR, Rio de Janeiro

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O Museu do Homem do Nordeste foi criado no Recife em 1979 a partir da junção dos acervos do Museu do Açúcar, do Museu de Antropologia e do Museu de Arte Popular de Permambuco. Sua concepção museológica inspira-se no conceito de museu regional do sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, e seu acervo possui documentos das formas de arquitetura local e objetos que representam as manifestações socio-culturais populares do Nordeste, como a cerâmica, o carnaval e os cultos religiosos sincréticos.

Apropriando-se do nome e da proposta da instituição pernambucana, Jonathas de Andrade, alagoano radicado no Recife, ocupa o primeiro andar do MAR até 22 de março, com uma versão particular, atualizada e política do Museu do Homem do Nordeste. A exposição reúne 18 obras suas e 74 peças da coleção Fundação Joaquim Nabuco (dos acervos do Centro de Estudos da História Brasileira e do Museu do Homem do Nordeste), da Fundação Gilberto Freyre e do Instituto Lula Cardoso Ayres.

O resultado é um conjunto narrativo composto por instalações, vídeos, fotografias, pinturas, objetos e documentos que tensionam estereótipos e ideias pré-concebidas vinculadas à região. O Museu do Homem do Nordeste no MAR possui metodologia de investigação e catalogação de dados própria, que ganha corpo na sala do museu, sendo ela mesma uma proposta museográfica diferente, que informa uma ampla pesquisa sobre contradições e perversidades históricas brasileiras, discutida desde um ponto de vista nordestino, artístico e contemporâneo.

O Museu do Homem do Nordeste é composto por trabalhos com processos longos, tal como Levante, filme que dá visibilidade ao problema dos carroceiros na capital pernambucana: Trabalhadores socialmente invisíveis, que ganham a vida fazendo fretes em carroças de cavalos há décadas, e vêm sendo banidos das vias públicas de Recife pela especulação imobiliária e os veículos motorizados, ficando sem alternativa de sustento. Procurando dar voz à situação, o artista promoveu com os carroceiros a 1a Corrida de Carroças no Centro da Cidade do Recife, um protesto barulhento e celebratório, sob o pretexto de ser o roteiro de Levante. Tal estratégia permitiu a Andrade desenrolar toda a burocracia pública para as devidas autorizações da filmagem e, consequentemente, do protesto.

Enquanto o filme explora esteticamente a ambiguidade típica de obras artísticas que lidam com a realidade, a documentação da Corrida é exposta com notícias da imprensa, declarações e registros do cotidiano dos carroceiros, dando a dimensão desse mundo próximo do qual constrange falar. Quando Jonathas produzia Levante, entre 2012 e 2013, o país viveu as Jornadas de Junho e viu a violenta repressão do Estado. Assim, relatos de acontecimentos dessa época se somam à documentação da Corrida, formando um panorama tenso das recentes convulsões sociais brasileiras.

Os trabalhos da mostra usam táticas de ação distintas. Nos Cartazes do Museu do Homem do Nordeste, o artista publicou anúncios em classificados de um jornal popular do Recife, convocando homens trabalhadores com qualidades como: morenos, mãos fortes, boa índole, entre 30-50 anos, descendentes de escravos, feios ou bonitos, para posarem para arquivo fotográfico. Os interessados deveriam posar do modo como se imaginavam representando a região, e então formariam o catálogo de modelos másculos pouco ortodoxos dos cartazes do Museu. Além destas peças, a obra se completa com seis cadernos de anotações do artista sobre o processo de encontro e realização da foto com o trabalhador, revelando como são compreendidos e reproduzidos estereótipos de masculinidade e erotismo.

O Museu do Homem do Nordeste é um projeto fascinante na sua virulenta discussão cultural, apresentando de modo algo desconfortável crueza material, histórica, e sensualidade bruta. Suas questões atravessam a arte, a casa e a rua, conseguindo ocupar a instituição de forma inteligente e crítica, desconstruindo mitos de um Brasil pós-moderno que finge ignorar a herança escravocrata que ainda paira em 2015.

*Publicado em Jornal O Globo, Segundo Caderno, 6-01-2015

Artista como Bandeirante, de Maria Thereza Alves

Vídeo de Maria Thereza Alves, artista paulista residente na Europa, criado para a exposição “Feito por Brasileiros”:

“O vídeo, Artista como Bandeirante, é uma resposta ao ensaio de Alexandre Allard, Novos Bandeirantes, publicado no catálogo na ocasião da exposição Feito por Brasileiros no Hospital Matarazzo en São Paulo, em que participo com o trabalho, “Eu e os Matarazzos” ”.
Maria Thereza Alves

Arte x Gênero x Política x Moral religiosa

… Na arte, preceitos religiosos introjetados na sociedade como dogmas muitas vezes são questionados por artistas que acreditam que, em pleno século XXI é mais saudável defender a tolerância e as liberdades individuais do que submeter-se a regras morais impostas por religiões. Na atualidade a religião volta a incitar guerras, ódios, perseguição às minorias étnicas e repressão às mulheres – tal como na Idade Média. Artistas interessados em discutir questões de gênero são os que mais apontam para os problemas da ditadura moral das religiões, mas não só. A seguir, algumas imagens de obras que fazem refletir sobre o tema.

Leon Ferrari. La civilización occidental y cristiana, 1965.
Leon Ferrari. La civilización occidental y cristiana, 1965.
Leon Ferrari. La civilización occidental y cristiana, 1965.
Leon Ferrari. La civilización occidental y cristiana, 1965.

Women Artist 003
Mary Beth Edelson. Last Supper. 1972

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Edwina Sandys. Christa, 1975

Shirin-Neshat-Rebellious-Silence
Shirin Neshat. Rebellious Silence, 1994

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Marcia X. Desenhando com terços. Performance e Instalação, Anos 1990.

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Andres Serrano. Piss Christ, 1987

Orlan. Santa Orlan. Déc. de 1990.
Orlan. Santa Orlan. Déc. de 1990.
Orlan. Santa Orlan. Déc. de 1990.
Orlan. Santa Orlan. Déc. de 1990.

¿De qué hablamos cuando hablamos de resistencia?

3nós3 1979 Ensacamento de Cabeças de Monumentos 1979 SP
3nós3, Ensacamento de Cabeças de Monumentos, São Paulo, 1979.

¿De qué hablamos cuando hablamos de resistencia? é um ensaio de Néstor Garcia Canclini onde o autor analisa aspectos da recepção da arte contemporânea nas instituições culturais e na sociedade, ao mesmo tempo em que questiona certa inconsistência no modo como a noção de resistência é defendida por artistas e outros profissionais do sistema artístico e cultural. Canclini observa que enquanto noções como Capitalismo, Pós-colonialismo e Globalização são debatidos e confrontados com argumentos sólidos, a idéia de resistência surge em contraposição como algo quase mágico e heróico, sendo parcamente analisada.

Diante desse quadro, o autor discute como a arte pode ser politicamente eficaz na sociedade, e faz um contraponto à visão de arte e política de Jacques Ranciére.
Texto em espanhol.

Disponível em  http://nestorgarciacanclini.net

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