“Paparazzi”. Foto de Edouard Fraipont.
Em cartaz na Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, a primeira individual do artista paulistano Thiago Honório, cujo trabalho se apóia em pesquisa e processo – e não na busca do objeto perfeito para a tiragem seriada…
Abaixo, trecho do texto da exposição, de minha autoria, que espero transmita a dimensão da densidade de sua obra.
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Thiago Honório: Corte é texto
“Eu sou o objeto que está em mimâ€
F.Guattari, Caosmose.
“Corte†traz elucubrações filosóficas e poéticas transmutadas em obras de arte. Sua natureza discursiva corresponde à complexidade do pensamento estético que engendra a produção de Thiago Honório, estando esta atrelada ou não a uma investigação acadêmica.
Honório abraça a questão da arte contemporânea ser e conter sua própria filosofia estética, compreendendo o objeto artÃstico como uma Obra Aberta passÃvel a infinitas leituras por parte do espectador-fruidor. É nessa via de entendimento que se dá seu meticuloso procedimento, o qual contraria os já clichês do “acaso†e da “espontaneidade†que sustentam o discurso de muitas pesquisas de arte hoje. Assim, Thiago Honório não vacila, e prefere o projeto controlado ao projétil em vôo livre – embora não ignore que a imprevisibilidade da resultante artÃstica seja um dado incontornável e necessário.
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