A respeito do Terror: a exposição da RAF

Felix Ensslin, filho de Gudrun Ensslin, uma das componentes da RAF – organização terrorista de esquerda surgida em Berlim Ocidental no final dos anos 1960, também associada ao nome de Baader-Meinhoff – é co-curador de uma incômoda exposição na Alemanha que convida artistas de 3 gerações diferentes a fazerem uma leitura crítica e estética de episódios do grupo, marcados pela violência e conteúdo ideológico.

Ao mesmo tempo em que incomoda, a mostra é uma idéia ousada , e por isso interessante, de que a arte pode servir a outros interesses que não apenas o mercadológico ou politicamente correto.

Felix Ensslin, foi abandonado aos 6 meses de idade pela mãe, que entrou na clandestinidade para co-fundar a RAF. O menino foi criado num ambiente familiar bruguês e tranquilo e agora, dedicado às artes, se envolveu neste projeto, mais para discutir este episódio da história recente alemã, do que para expurgar fantasmas pessoais.

Ao menos é o que parece.

Leia a matéria na íntegra no site da BBC

‘Terror’ art” challenges Germans

5 thoughts on “A respeito do Terror: a exposição da RAF”

  1. Era natural que isso fosse acontecer após o filme sobre o Baader Meinhoff, não acha ?

  2. Tendo a achar que sim…
    É o fim de uma Era de terroristas subversivos agarrados a uma ideologia comunista, idealista de um mundo mais equanime.

    Há muito romantismo na idéia do guerrilheiro que larga a vida civil para pegar em armas.

  3. Não acho que seja o fim de uma era de “terroristas subversivos”, o 11 de setembro está aí para nos provar o contrário, não ?

    Com certeza este foi um dos, senão, o maior evento da década 00, Stockhausen disse que foi uma obra de arte e sofreu perseguição por parte de alguns “terroristas”.

    Concordo que há muito romantismo associado a guerrilha e talvez perca muito do sentido se sabemos quem são os maiores produtores de armamentos (incluindo os nucleares) no mundo

  4. Os terroristas de hoje não são mais os marxistas-leninistas ou anarquistas de outrora. São movidos a petróleo e fé.

    O terror continua, mas as motivações talvez sejam outras…

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